"A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável" ( Gandhi)

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Meus delírios, só meus...



Já é tarde, tarde para te pedir mais uma vez, um favor. Não te pedirei mais nada. Não quero mais estar aqui, me sinto inquieta, expressiva. A tarde vai se indo, sem que eu dê o meu adeus. Não vá, fique mais um pouco, olhe ao seu redor, o que vê? Você vê manchas em nosso tapete, vê a inquietação do meu ser. Mas por que ele está assim? Não me sinto com dignidade para responder. Escondo-me, mas você me vê, e vê a tarde se indo. Eu queria realmente fazer algo, mas nada de tão pequeno, quero algo maior, que não caiba na minha mão, que eu não possa levar ao mundo, mas sim levar a mim. Todos nós precisamos de algo, um gozo, uma inspiração, o que seja... (caro leitor perdoe estas palavras). Mas nós somos assim, e temos sempre um ar de querer mais... Mais querer o quê!?

Já está anoitecendo e quase não posso mais ver a folha na minha mão, minhas letras ficam turvas e estremecidas. Uma sombra me tira a luz, a minha visão já não me ajuda mais, confesso o que escrevo já tem tanto sentido (para mim) quanto o meu ser... Mas ao longe uma luz vem chegando, ela fecha as minhas janelas, estende as minhas roupas sujas. Ela é um pouco de mim e eu sou tudo dela. Faz-me ver além do meu nariz, me encontro e me reacho. Aprendo e "desaprendo" para mais tarde reaprender. Confesso sou assim, tão contente que chega a gritar dentro de mim: --Não fique ai no canto, a vida tem algo pra você, basta você pegar e ser.
A vida é não ser e querer. Talvez seja uma simplória a falar, mas o que ela diz nada quero esquecer, ela te manda ir em frente e a vida querer, pelo menos um pouco mais para aguentar até o último dos suspiros. Expirar lhe faz bem, a humanidade lhe renova. Ser impetulante, não tens medo de se ferir. Quanta magnitude há por traz de ti, em cada gesto, em cada ato teu, cada bocejar, cada gemido, cada lágrima derramada. Tu me refazes em prantos, e me chama para perto de ti, o que vejo agora não é um ser pensante, mas sim uma quase divina do querer e ser, transborda compaixão, empatia, amor. Tão graciosa, me faz te querer e sem saber me apego a ti, esse sorriso inebriante, tão linda a brisa do mar, me perco em teu ser, me afogo no teu amor, sem pedir um salva vidas, sem querer deixar de se afogar em ti, quem sabe... Não é tão tarde assim!!!

Um comentário:

Hamlet disse...

Olha aí
Eu conhecia uma escritora e nao sabia
=D