"A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável" ( Gandhi)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Show me how to live!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Boba, feliz.

Sou toda boba, simplória. Não ingênua, sei muito bem o que acontece. Mas sou distraída, e sempre mantenho um sorriso bobo nas faces. Não importa o que aconteça, eu mantenho esse sorriso guardado em mim. Não preciso demonstrar o que sinto. Quem se importa? As soluções cabem a mim, então, para quê meter o mundo nisso. Digo em alto e bom tom: Sou feliz!!! Uma boba feliz. Mantenho sempre os braços abertos para os acontecimentos, sou assim, feito criança, que em tudo vê um lado bom e divertido. Sou mais assim mesmo, feito uma criança desamparada que aceita os braços de um estranho que lhe parece mais um amigo distante. Me arrependo das vezes que não fui ... Mas a vida é feita de alguns sacrifícios. E não me estranha o pensamento de que, dentre os seres humanos, para mim, são nas crianças e nos loucos que está a pura ingenuidade, a doçura da vida. Não nos idosos, mas sim nas crianças e... Os idosos têm um semblante de sabedoria, foram eternos alunos da vida, e nela, sabem a diferença do bom e do mau. Mas não a ingenuidade, não esta.
As pessoas têm o costume de dizer que é uma felicidade morrer inocente, sem conhecer os pecados do mundo. Que Deus chamava cedo os que queria bem.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

~~ O meu vício ~~





Às vezes eu vejo a vida com outros olhos, olho para o outro lado com um sorriso acalentador. Chega até a me parecer correto, destruir-se no fim de viver. Nós chegamos a esse ponto. Mas você não entenderia. Tentaria, mas não..., só se pode entender tal situação quando passasse a vivê-la, a experimentá-la. Vejo as pessoas se destruírem, parece ser tão fácil, para elas. Seria fácil para mim, mas não, não mais. Experimentar, hum, por que não? Eis o lema, passa a se ter uma nova vida, uma nova essência. Gosto de enrolar folhas, de fazer linhas, mais um defeito. Cheguemos ao ponto. Seria tão fácil dar cabo dessa vida que perderia até a graça. Para mim, tudo que é fácil é sem graça e sem cor. Seria fácil demais apertar um gatilho, não. Os drogados vivem em seus próprios vícios, essa é sua vida. Mas eu não precisaria... Eu sou a minha própria droga, eu me destruo, eu me ergo. Apenas eu, sou capaz de me destruir, minhas decisões me levariam a isso. O mundo não me abala, a frente não. Ele apenas golpeia, mas isso não me arrebate. O meu pensamento é o meu vício, e eu sou a minha droga. E a vida não te levaria a está droga, mas sim você.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Conjugando.

Amanheceu?! Desculpe, não tinha reparado. Ainda está escuro e fica difícil ver o sol. Bem, você tinha razão: A vida, por si só, é um desgaste, e nós nos acostumamos com ela. Acordar de manhã cedo, ir ao trabalho, passar horas na mesma mesmice, trabalhar, trabalhar, trabalhar... voltar para casa, cansado e exausto, sem noção da vida, sem saber o que se passa, deitar, dormir. E, então, ao amanhecer, trabalhar, trabalhar... Um processo cansativo, exercido em toda a semana. O que te sobras são os sábados e os domingos. Mas a vida se tornou tão normal, tão estranhamente normal e patética, que você prefere não fazer nada. Mudar, pra quê? Semana que vem é tudo de novo. Você trabalha para ganhar dinheiro, e ganha, vive, para gastá-lo, e tudo é devolvido ao lixo. Sociedade lixo. Vomitá-la seria pouco. A realidade é outra, bem diferente da que mostra a sua televisão. A realidade é fria e crua. E te faz engoli-la a seco, não te oferece nem mesmo um copo d’água para exterminar teu cansaço, saciar tua cede, cede de vida. E chega um ponto em que você diz a si mesmo: Chega! Chega de tanta realidade. A mentira às vezes te parece mais bonita. Aí, fica tudo mais fácil, e você decide assistir uma novela. Afinal, ninguém consegue viver com tanta realidade. A vida sempre te manda um verbo no imperativo, mas você vive de conjugar o passado. Eu te proponho parar. Sim, parar tudo. Por que não recomeçar? Vamos conjugar o pretérito-mais-que-perfeito. O futuro não te limita às asas, nem tampouco aos sonhos. Vamos sonhar, rezar, fantasiar, divagar, delirar. Sonharemos, então, com o dia em que o mundo não será esse mundo, e as pessoas não serão simples pessoas, uma rosa não será uma rosa, será a realização, a clamação do ser. Um ser imperfeito que se tornou humano, a rosa será mais que a rosa... Mas, até lá, sonhar não é algo tão mau assim.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

"

- Não leia. Não vale a pena.

Ela me disse que não tinha nada de anormal. E realmente não há. Ta tudo tão normal, tudo tão cinza. Acho que esse seria o problema. Está tudo excessivamente normal. E o tédio, o ócio, cresce como planta, engole o tempo e a metade do caminho. Os dias passam rápidos, e quase nem os percebo. A monotonia chega a ser quase invisível. Todos os dias iguais. E não há um dia que eu não faça as mesmas coisas – repetidas involuntariamente. E se alguém pergunta: você viajo? Eu respondo que sim. Eu viajo demais, acho que agora mesmo to viajando. Mas é melhor botar os pés no chão, antes que eu não consiga escrever mais nada. É eu viajei. Passei os dias dentro do meu quarto, como uma turista em minha própria casa. Ah, perdão, a casa não é minha. Enfim, cada dia piora a situação, piora, não sei mais de nada. Não sei mais o que se passa ao meu redor. Para mim são apenas imagens passadas com uma velocidade a mais que a normal. Mas as mesmas imagens. Eu poderia estar ficando louca ou simplesmente apenas enjoada demais, estressada demais, quase que insuportável. Eu queria realmente. Eu queria tanto ter uma vida diferente, não muito sabe. Eu queria ser feliz como qualquer outra pessoa, que com certeza leva uma vida diferente, sabe não tão normal como a minha. Só um pouquinho. Seria pedir demais?! Eu acho que sim. Bem, eu poderia fingir estar sempre bem. E realmente não sei por que me sinto assim. É como uma febre que não passa, e eu sinto-a queimar dentro de mim, dentro do meu nauseado estômago. É como se algo estivesse prestes a acontecer, mas nunca acontece. Eu espero por algo todos os dias, algo que me tira os sentidos e me rouba a atenção, algo que eu nem sei o que é. Talvez eu deva sair um pouco, olhar o mar, um pôr-do-sol, o crepúsculo da tarde. Talvez eu devesse... sim. Mas eu simplesmente caiu na cama, e de súbito a escuridão da noite me rouba os pensamentos. Aí tudo piora. Esse calor terrível. Poderia ao menos chover. Mas não chove lá fora, só aqui dentro. E meus olhos ficam ativos a escuridão, é impossível dormir, só me resta esperar que o tempo me derrube na madrugada. Minha boca treme, sem nem ao menos pronunciar teu nome, que eu nem sei escrever. E a angustia me toma, nesse anseio pelo que eu nunca vi. A circulação acelera tão fortemente, sem motivo, tudo é tão rápido. Minha respiração torna-se ofegante, e esse vazio que me toma, quase me engolindo por inteira. Torno-me o vazio. Eu tento falar, mas nada sai. Tento recitar um poema qualquer, ou palavras que descrevam a sensação, mas não posso. E esse germe da sensibilidade mórbida que pode ocasionar dores, que a mim foi imposto. Eu que costumava ser demasiadamente cheia de mim mesma, agora me vejo arrebatada ao chão. O oxigênio me pesa aos pulmões, se tornando difícil respirar. O silêncio é difícil de ser interrogado, ele nos consome e nos deixa assim, sem palavras. Palavras que antes tínhamos agora já não nos bastam. Silêncio tão ruidoso que chega a doer nos ouvidos, e nos torce diante de tal situação. Nem mesmo a voz mais cálida e musical seria capaz de quebrá-lo. Silêncio eu o ouço agora, não o vejo, mas o ouço.