"A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável" ( Gandhi)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

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Eu amava você como se ama uma idéia. Eu não ti havia feito minha. Assim como não se toma posse de um bem que se quer. Assim te fiz livre do meu egoísmo, de a ter só para mim. Como se ama a uma idéia, eu te amava, te preservava em mim. Por honestidade à mim, eu pronunciava em silêncio o teu nome; para que não o ouvisse. E como se essa idéia fosse única, como se eu dependesse dela para enxergar, eu a cultivava. Eu era a idéia disfarçada em mim. Quem, além de mim, fizera-a crescer? Talvez o tempo, ou quem sabe a ausência. Mas que ausência? Sua ausência, ou minha? A ausência de mim mesma. Sua ausência me aproximava mais de mim, de um “eu” que antes eu quisera fugir. Esquecendo que sou esse “eu”, assim o me tornei.

24/01/2011

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