"A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável" ( Gandhi)

quinta-feira, 5 de julho de 2012

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Como se sente uma pessoa que chora sozinha enquanto uma grande manada de vespas humanas comemora  algo tão fútil? Uma comemoração sem fundamentos. Nada mais é do que uma maneira de fuga da realidade. Mas bem que poderia ser uma fuga mais original. Não vejo graça em um jogo de futebol. Enquanto muitos gritam, a vontade que tenho é de grampear a boca deles. Grampear, porque é o que tenho no momento, um grampeador. Mas confesso que pensaria em algo mais original, não seria tão fútil como eles. Fico intrigada com a capacidade que temos de dublar nossos sentimentos, de escondê-los, de deixarmos de ser nós mesmos. Gostaria de ser eu mesma por um dia. Talvez eu sobrevivesse. Talvez alguém me amasse e muitas outras pessoas me odiassem. Ser nós mesmos é difícil, pelo simples fato de que nós nos reprimimos, nos matamos pelo bem de não sermos reconhecidos. Ser tachado de louco, por que não? Não quero é que digam que sou normal. Ser comum me deixaria oprimida e triste. Sejamos loucos pelo bem da verdadeira humanidade. Pois o que presenciamos é a falsa humanidade. Pessoas tão mais máquinas quanto as próprias máquinas. Oh, como sou triste, terrivelmente me acho triste. Outras pessoas não acham. Umas acham que me conhecem, outras não querem saber. Tanto faz, a vida é breve. Tanto faz, não é comigo. Mas como somos mesquinhos. A nossa falta de altruísmo me faz lembrar o quanto invejo as formigas. Formigas, formigas... Como são pacatas, vulneráveis e dignas de serem honradas. Gostaria de ter um amigo que fosse meio uma formiga, que velasse minha morte e depois carregasse meu corpo em seus ombros, que se importasse. Pelo bem da união, pelo bem do formigueiro, sejamos mais formigas e menos gente.


19/05/2012

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