Ninguém gosta de sofrer. Não entendo por que certas pessoas
têm a tendência a sofrer mais do que as outras. Até parece injusto, humilhante.
Algo feito para implicar e ver como desesperados parecemos naqueles momentos.
Mas há sempre duas lentes de visão, a luneta é capaz de iluminar para os dois
lados, tanto para dentro, como para fora. Se a apontar para fora, verá a sua
dor e como ela parece para as outras pessoas, verá a pena, a injustiça, a falta
de compaixão, a descrença do ser nele próprio. Porém, quando apontada para o
interior do ser, o que sofre, a visão se amplia, se multiplica formando várias
imagens em uma, várias visões de um acontecimento em cores psicodélicas, como
em um caleidoscópio mágico, temos a visão de algo sublime, mas confuso. A dor,
quando bem posta, quando bem vivida e superada, faz com que os indivíduos
cresçam, se tornam mais fortes e, até, mais humanos. Ser humano não é ser fraco,
é ser forte, pois poucos têm a capacidade de demonstrar se importar. Chorar
diante do descaso e das desigualdades é um sinal de fortaleza interior. Quantas
pessoas já choraram contigo pela tua dor? Quantas já demonstraram se importar,
implantando a dor do outro em si mesmas? Não sei. Mas afirmo que são poucas,
dessa raça em extinção. Um apelo: preservem a raça humana.
23/05/2012
23/05/2012
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