"A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável" ( Gandhi)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Memórias de um Assassinato





Mais uma vez perco a piedade e a compaixão, cometo um crime sem sentir a menor culpa ou pudor. Estou com a consciência limpa.

Lavo minhas mãos diante da possibilidade de tudo dar errado. Espero impaciente, demasiadamente ansiosa, mas espero à hora certa, o momento certo. Saberei no momento o que fazer, mas agora não penso mais e não espero as repostas que procuro.

Pego tudo que preciso para cometer meu delito. Coloco minhas luvas, não quero sentir seu corpo frio, visto meu sobretudo, apanho meu guarda-chuva e saio para as ruas da cidade.

Espero escurecer e, no momento em que a penumbra – quase escuridão –cobre a cidade, passo a me sentir melhor. Sinto-me bem, já de decisão tomada e decido ir em frente no meu plano, feito em momentos de pura insônia e de desumanidade.

Procuro a vítima certa, àquela que sem dúvida me aceitaria sem a menor desconfiança. Preparo meus instrumentos para a hora tão esperada, afino no tom do silêncio. Busco apenas uma “brecha” capaz de me dar a guerra já ganha. Olho para o relógio, já passam das 3:00, esse é o momento de agir!

Dopo minha vítima com argumentos pré-fabricados, me mostro semelhante e capaz de sentir o mesmo. Ofereço-lhe um cigarro, quero que partilhe com o meu vício. E no exato momento faço meu trabalho, faço tudo com o maior cuidado possível – não quero pistas- quero um crime perfeito. Mostro tudo que sou capaz, antes mesmo de começar já anseio o fim. Faço-te, talvez, um favor. Livrando-te deste armário sem luz.

Agora me cinto bem, saciada e explosiva. Nunca havia sentido tal sentimento, porém, acabei por assassiná-lo naquele dia junto à teu corpo.

Um comentário:

Hamlet disse...

\o/
Daria um otimo conto,se aprofundasse mais a historia do asassino

lembra jack,o estripador(nao é tao sangrento,eu sei)

mistérios e tal

=D