Quem me conhece?
Nimguém, nem eu.
Sou branca, sou dura.
Enegreço, amoleço.
Quem sou eu?
Nimguém sabe,
Muito menos eu.
Do fraco me rio, sou mais forte.
Disso me fio e me deixo vencer.
Hoje não choro. A noite me dobra.
amanhã verto lágrimas.
Quem faz meu retrato?
Que artista me pinta?
Onde meus traços
minhas linhas?
Sou mulher e me ufano
Mas, se no seio me atingem,
Me ajoelho e choro.
Não dá pena ver o esforço da jovem Baudelaire tupiniquim?
(O mundo de flora)
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